quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Tigela de Madeira

"Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, fazei-o vós também a eles" (Mateus 7:12)



 Um senhor de idade foi morar com seu filho, a nora e o netinho de 4 anos de idade.
As mãos do velho eram trêmulas, sua visão, embaçada, e seus passos, vacilantes. 
A família comia reunida à mesa.
Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô atrapalhavam na hora de comer.
Quando pegava o copo, o leite era derramado na toalha da mesa e o filho e a nora irritavam-se com a bagunça.
Então decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha.
Ali, o avô comia sozinho, enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação e, desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida passara a ser servida numa tigela de madeira.
Quando a família olhava para o avô sentado ali, sozinho, às vezes via lágrimas correndo de seus olhos.
Mesmo assim, as únicas palavras que lhe dirigiam eram admoestações ásperas – especialmente quando deixava um talher ou a comida cair ao chão.
Seu netinho, o menino de 4 anos de idade, assistia a tudo em silêncio.
Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que ele estava no chão, montando algo com pedaços de madeira, então perguntou delicadamente o que estava fazendo.
O menino respondeu, docemente:
 - Estou fazendo uma tigela para você e para a mamãe comerem, quando eu crescer. E continuou trabalhando em sua tigela.
Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que ficaram mudos. Caindo em si, lágrimas começaram a correr de seus olhos.
Embora ninguém tivesse falado nada, o casal sabia o que precisava ser feito: naquela mesma noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família.
Dali para frente e até o final de seus dias, o velhinho comeu todas as refeições com a família. E, por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, o leite era derramado ou a toalha da mesa sujava com o caldo de feijão.

 Autor desconhecido

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